Beatos Ricardo Gil Barcelón e Antonio Arrué Peiró

Os mártires orionitas são membros da Congregação de Dom Orione mortos por ódio à fé durante a Guerra Civil Espanhola. Entre eles, o Pe. Riccardo Gil e o postulante Antonio Arrué, beatificados como mártires em 2013. Beato Ricardo Gil Barcelón Nasceu em 1873, na Espanha, em uma família nobre e cristã. Desde cedo demonstrou atenção aos pobres, influência da mãe. Entrou no seminário aos 12 anos, e mais tarde, após tentativa frustrada de ser professor por defender a fé, serviu no exército nas Filipinas, onde sobreviveu milagrosamente a um ataque após rezar à Virgem Maria. Ordenado sacerdote em 1904, sentia-se chamado a algo mais radical e iniciou uma busca vocacional intensa. Em 1909, peregrinou a pé até Roma, onde conheceu São Luís Orione, ingressando em sua congregação, a Pequena Obra da Divina Providência. Atuou em várias missões na Itália, inclusive em zonas devastadas. Em 1928, foi falsamente acusado de homicídio e preso por dois meses, mas manteve firme sua fé. Recuperou-se em Villa Moffa e retornou à Espanha em 1930, fundando ali a presença dos Orionitas. De 1931 a 1936, viveu em Valência em casas humildes, sempre disponível aos pobres, exercendo seu ministério com fidelidade à Divina Providência e ao carisma de Don Orione, num contexto de crescente tensão pré-Guerra Civil Espanhola. Antonio Arrué Peiró Nasceu em 4 de abril de 1908, perto de Zaragoza, na Espanha. Órfão desde jovem e abandonado pelos familiares, enfrentou profunda solidão e chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico. Fugiu duas vezes, movido por um forte desejo de tornar-se missionário. Em 1931, conheceu em Valência o Pe. Riccardo Gil, da Congregação dos Filhos da Divina Providência, que o acolheu e logo reconheceu a autenticidade de sua vocação. Antonio passou a viver com ele, ajudando na missa e no cuidado aos pobres. Impressionado com sua fé e perseverança, Pe. Riccardo escreveu a Dom Luís Orione, fundador da congregação, informando-o sobre o jovem. Antonio viveu assim, por cinco anos, servindo com generosidade e espírito missionário ao lado de Dom Riccardo. Presos em Valência, foram levados na madrugada de 3 de agosto para El Saler. Ali, recusaram gritar 'Viva o FAI!' como exigido pelos milicianos. Pe. Riccardo levantou o crucifixo e proclamou: 'Viva Cristo Rei!', sendo executado logo em seguida. Antonio foi brutalmente assassinado ao tentar ajudá-lo.